Como exercer a Telemedicina no Brasil de forma segura

Antes da pandemia da COVID-19, o número de usuários da telemedicina no Brasil era de 150.000 pessoas, com a crise global esse número subiu para três milhões e meio, ou seja, 3.350.000 pessoas se tornaram adeptas à consultas médicas a distância.

Esses dados foram disponibilizados pela Exame em outubro de 2020, mostrando como o avanço da telemedicina é representativo, de forma que a transformação digital na área da saúde é inadiável.

Neste momento, você deve estar se perguntando o que é telemedicina? Afinal,com tantos novos termos gerados pela globalização, é comum ocorrer pequenos enganos. Continue acompanhando essa matéria para saber como isso pode mudar seu relacionamento com os pacientes.

O que é telemedicina no Brasil e qual sua história?

A telemedicina é todo e qualquer atendimento médico realizado a distância. Ou seja, consultas, monitoramento de pacientes, entrega e análise de exames, até mesmo troca de informações médicas.

Dessa forma, é possível acessar dados médicos de qualquer lugar e de diversos dispositivos diferentes, evitando aglomerações, filas e mal-estares.

Deve-se ter cuidado para não confundir com cibermedicina, que se trata da área médica que faz uso de computadores, ou seja, é uma “vertente” da telemedicina.

A prática de consulta médica a distância  nasceu em Israel e é extremamente comum nos Estados Unidos, Canadá, países da Europa, e está tomando espaço por todo o mundo.

A Telemedicina possui um passado profundo, porém, está totalmente ligada à evolução dos computadores e das redes. Harvard, em 1967, realizou uma experiência conectando o Hospital Geral de Massachusetts com o aeroporto da cidade de Boston. Dessa forma, o Hospital conseguia atender qualquer emergência que ocorresse no aeroporto de forma rápida.

Porém, o fator principal era o recebimento de informações básicas do paciente antes mesmo dele sair do aeroporto em direção ao atendimento, gerando uma equipe preparada e calma para o recebimento e tratamento do indivíduo. 

Sendo assim, entende-se que a consulta médica a distância é inevitável pois, se torna necessária ao favorecer a agilidade em tratamentos, assim como fácil o acesso a informações.

Por exemplo, para o gerenciamento dos serviços de saúde, onde o dever principal é garantir aos pacientes o melhor tratamento possível, é fundamental a troca rápida de informações entre os hospitais, médicos e clínicas. A possibilidade de envios de exames e monitoramento de pacientes online pode muitas vezes salvar vidas. 

Nesse sentido, com os avanços da telemedicina, será possível também reduzir de forma significativa os custos, tornando esse acesso mais viável para diversas parcelas da população.

Quais as vantagens da telemedicina no Brasil?

A telemedicina possui entre suas propriedades, o aumento da qualidade do serviço de saúde e redução de filas de atendimento. Além disso dentre suas vantagens também estão integração entre os sistemas e serviços;

  • prontuários eletrônicos disponíveis em qualquer dispositivo;
  • troca de conhecimentos entre profissionais de forma simples;
  • envio de laudos à distância;
  • facilidade em debates médicos com especialistas de diversas regiões.

Sendo assim, percebe-se que essa prática de forma indireta também atua na precisão e rapidez no tratamento, evitando deslocamentos desnecessários e contaminações, por exemplo.

Os procedimentos que ocorrem de forma mais comum na telemedicina são:

  • teleassistência;
  • tele-educação;
  • emissão de laudos à distância.

A teleassistência se faz comum pois permite que os pacientes fiquem em suas casas para receber o atendimento. Consequentemente, permite melhor gestão de tempo por parte do indivíduo a ser assistido, como também da própria equipe médica. Além do mais, garante-se também eficiência e bem estar.

Qual a regulamentação da telemedicina no Brasil e quais seus desafios?

A Telemedicina no Brasil é discutida há muito tempo. Entretanto, com a crise global gerada pela pandemia do Coronavírus, a aliança entre a medicina e a tecnologia ganhou destaque. A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) afirma que até então havia muitas dúvidas, principalmente sobre a ética na telemedicina e segurança de dados. 

Dessa forma, a telemedicina no Brasil conseguiu o espaço necessário. Hoje, está aprovada a teleorientação de pacientes, telemonitoramento para monitoramento remoto dos parâmetros de saúde, tele-interconsulta, ou seja, troca de informações e opiniões entre profissionais.

A lei da Telemedicina no Brasil completou um ano no dia 16 de Abril de 2021, mas mesmo com sua necessidade reconhecida possui dificuldades. Muitos pesquisadores temem que a nova modalidade ganhe muito espaço e reduza o atendimento presencial.

Esse temor se deve a desigualdade de profissionais da área da saúde, podendo gerar a falta desses em cidades do interior e de pequeno porte.

A Lei da telemedicina no Brasil (Lei 13.989) também afirma que esse procedimento deve ter os mesmos padrões do atendimento presencial, inclusive sobre pagamentos. Isso se deve porque o poder público custeia apenas atividades exclusivas prestadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).

As operadoras de planos de saúde devem oferecer a opção de consultas remotas para os usuários, porém, os planos de saúde não são obrigados a oferecer essa opção. Sendo assim, as operadoras necessitam ter em sua rede alguma instituição disposta a oferecer essa modalidade de atendimento.

De toda forma, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a Lei 13.989 deixam de forma límpida a obrigatoriedade de segurança e privacidade de dados.

Desafios da telemedicina

Porém, também há desafios da telemedicina no Brasil que são de extrema complexidade. Como citado anteriormente, há o medo da modalidade exterminar o atendimento de profissionais da saúde de forma presencial em lugares de difícil acesso.

O IBGE em abril de 2020 apontou em pesquisa que um em quatro lares brasileiros não possuem acesso à internet.

Além disso, deve-se realizar também a inclusão de idosos ao digital, principalmente pela ocorrência de doenças crônicas tais como diabetes, câncer e doenças cardiovasculares. A jornada médica híbrida na vida das pessoas de longevidade favorece ao telemonitoramento, evitando complicações futuras.

Agora que você já entendeu o que é telemedicina, pode pensar em como aplicá-la em seu dia-a-dia, e como atrair novos pacientes para essa modalidade, já que será possível atender mais pessoas, com menos recursos.

Sendo assim, você pode conversar com a gente pelo WhatsApp para saber mais como podemos ajudá-lo nesse incrível momento de mudança. A Agência M4H, que atua com clientes na área de saúde e tem uma gama de serviços para a atração e fidelização de pacientes, irá complementar seus serviços e facilitar seu dia a dia.

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